quarta-feira, 3 de março de 2010

O que levamos depois da morte?

Ontem partilhava a oração do abandono... e de que nos servem os bens materiais? devemos abandona-los, deixando a futilidade de lado? Partilho aqui uma historia que li nas minhas viagens pela blogosfera...
"Conta-se uma história que, estando às portas da morte, o imperador Alexandre “o Grande”, o temível conquistador, mandou chamar os seus generais à sua presença.
Queria que, aquando do seu funeral, fosse transportado pelos seus próprios médicos; que as suas riquezas fossem colocadas à beira do caminho, por onde o desfile fúnebre passasse e, por fim, que os seus braços fossem ao sabor do vento e bem à vista de todos durante todo o percurso.
Perante tal pedido um dos seus generais tomou a palavra e interrogou-o:
- Porquê tudo isso?

A resposta foi célere:
- Quero que os médicos, sob o peso do meu corpo, se apercebam que nada podem face à morte. Quero que todos vejam que, todos os bens materiais que acumulamos nesta terra, nesta mesma terra ficam quando partimos e, por último, da mesma forma que nascemos de mãos vazias, de mãos vazias partimos."

Por vezes “perdemos” demasiado tempo a correr atrás de algo que, no final, fica, tal como as riquezas de Alexandre, para trás.
Desta nossa caminhada apenas ficam as coisas que fazemos e que marcam a diferença; não importa aos outros se acumulámos muita ou pouca riqueza material, no final de contas, apenas seremos lembrados pelo bem (ou mal) que fizemos.
Todos nós já ouvimos, em alguma ocasião, recordar com saudade alguém que, tendo já partido, é considerada uma pessoa justa e bondosa pela vida que levou… não recordamos essa mesma pessoa pelo carro que comprou, da marca do relógio ou da roupa que usou, etc.
Não quer isto dizer que devamos deixar tudo por uma senda de amor e de espiritualidade, mas que devemos estar atentos para o facto de, muitas vezes, perdermos mais tempo com coisas desnecessárias do que com aquilo que realmente faz a diferença. Nos dias que correm é tão fácil cairmos nesse campo do materialismo e da futilidade… não é?

2 comentários:

Filipa disse...

É tão mais facil viver para um curso do que viver com um curso...
É tão mais facil viver para um objectivo que viver com um objectivo...
É tão mais facil viver de rotinas do que viver de noVIDAdes...

Bem... na realidade (e ainda bem que me ensinast esta historia) muita coisa é errada, e está errada! Querem trocar-nos as prioridades e o essencial... e nós acabamos por viver desse jeito mesmo, acomodados ao que é "socialmente" correcto!

Lutar contra a maré custa... custa muito... e a humilhação e frustração é grande! ... Mas Deus é maior!!

Ritinha disse...

Adorei a historia Mica!!
É tao dificil ter consciencia no nosso interior que um dia este corpo fica reduzido a pó... e que apenas aquilo que somos verdadeiramente no nosso intimo é que fica para a eternidade, junto de Deus.
Deus nos dê a graça de podermos cada dia ser mais desprendidos do terreno... e cada vez mais aspiremos às coisas do alto!
Beijinho grande