domingo, 6 de dezembro de 2009


Em seguimento das partilhas que tenho lido do Micael, das conversas que temos tido, dos momentos que temos vivido, resolvi hoje partilhar convosco uma pequena parte de um texto que li ha uns dias de um livro que se chama "Um ramo de amendoeira" (que aconselho todos a ler!!!). Então aqui fica:


...o Evangelho, na sua perene juventude, não se reduz a uma mera repetição de formas e fórmulas. A missão é uma das áreas que conhece novas energias. Hoje não é apoiada pelas caravelas do império, mas assiste-se a inequívocos sinais: missionários a tempo inteiro, de generosidade ilimitada, que continuam a partir para todo o terreno; leigos que oferecem as primícias da sua vida profissional envolvidas na sua fé; comunidades que, de mil maneiras, geram apoios através de geminação de paróquias e de empenha-mentos directos a situações e pessoas concretas. Continuam irmãos os países que foram colónias e hoje são independentes. Crescem iniciativas de solidariedade que vão muito para além do mero subsídio ou ajuda tecnocrática - que às vezes se confundem, em termos modernos, com o velho colonialismo. Os cristãos marcam uma diferença na sua actividade missionária: a gratuidade, a proximidade heróica do real, a proposta de libertação de todas cadeias em que estão envolvidos os pobres no encalço do desenvolvimento. Interessa compreender que em todas estas intervenções há graus de importância e prioridade que importa não misturar. Mas há envolvi-mentos que despontam como característicos do nosso tempo. Urge potenciá-los sem absolutizar uma única via. Missão, nova evangelização, voluntariado, apoios activos das nossas comunidades às comunidades mais carentes, são caminhos que se abrem, na continuidade do que, na história, a Igreja de Portugal sempre soube edificar. Variam as formas. Mas é tempo de, com coragem e imaginação, reavivar o espírito de missão. Em todas as direcções.

Antonio Rego in "Um ramo de amendoeira"

1 comentário:

Ritinha disse...

Deus nos dê esta graça de podermos ser verdadeiros missionários.

Muito interessante o texto!

Beijinhos*
Rita