“Quero encontrar-Te” deixou de ser apenas um desejo e passou a ser uma missão partilhada e vivida entre nós, jovens à procura do sentido da Vida, num retiro que decorreu em Torres Novas de 15 a 18 de Julho.
Foi com esse grande desejo interior que o Grupo Missionário Cluny abriu as portas a novos jovens e “partiu em Missão”, mergulhando no mar do infinito Amor de Deus, deixando-se, lentamente, ir levando pelas ondas, num silêncio que fala sem palavras e onde a Palavra fala em silêncio tomando o seu verdadeiro sentido e dimensão.
Com a orientação da Irmã Matilde e impulsionados pelo sopro do Espírito na vida de Ana Maria Javouhey, aos poucos fomos abrindo as portas do coração, escutando o Seu silêncio e deixando que o Senhor fizesse do nosso coração a Sua morada, livre da nossa vontade, medos, egoísmos.
Convidados a saborear e escutar a Palavra de Deus no silêncio, fomos percebendo que esse mesmo silêncio nos ensina a esperar por Deus sem, contudo, deixar de O procurar, mesmo tendo de atravessar mares e desertos, alegrias e sofrimentos que culminam numa paz interior e felicidade que se podem viver de forma plena. É mergulhando no Amor de Deus, rasgando o horizonte da nossa vontade e fraqueza humanas, desafiando as ondas do desconhecido, que o Senhor nos chama a sermos anunciadores das Suas maravilhas, construtores do Seu Reino, pescadores de Homens.

Respondendo ao teu chamamento…
porque a Ti não se pode dizer que não,
porque na nossa resposta encontramos alegria.
Aqui nos tens, podes contar connosco.
Não sabemos se saberemos realiza-lo como Tu desejas,
mas sabes que não nos falta um ideal.

Este período de silêncio terminou com um compromisso diante do Senhor, na alegria de um (re)encontro que nos deu a certeza e a força para continuar a caminhar, a avançar sem medo, rumo à felicidade, fim ultimo da Vontade de Deus para cada um de nós.
Juntamente com toda a comunidade de Torres Novas, Superiora Provincial, Irmã Matilde e Pe. Manuel Barbosa, festejamos no sábado, dia 18, o envio de duas de nós que partem no próximo dia 25 para Moçambique.
Três dias cheios de simbolismo, de união e alegria, que terminaram com a grande certeza de que confiando na voz de Deus, mergulhando na profundidade do Seu Amor e tendo Ana Maria como exemplo, avançaremos sem medo e deixaremos que Cristo abrace o Mundo fazendo de nós Seu instrumento.